sábado, janeiro 28, 2006

Afinal, Montevidéu

Porta do antigo forte da cidade
Até que enfim, né? Sentei hoje pra editar essas fotos. Já peço desculpas de antemão pela qualidade... Meu monitor está agonizando. Sabe aquela frase, "Está tudo tão escuro...", que as pessoas falam nos filmes, quando estão morrendo? Pois é. Tenho de ajustar tudo pelo 'auto contrast' do ACDSee, mesmo sabendo que nem sempre o resultado é bom. Se alguma coisa estiver muito ruim de ver, me avisem! Para ver as fotos em tamanho maior, é só clicar nelas; e deixando o mouse sobre cada uma, vocês podem ler mais umas informações específicas.

General ArtigasUma coisa que pouca gente sabe (ou se lembra, do tempo de escola), é que a independência do Uruguai não foi às custas da Espanha, como a grande maioria dos países da América do Sul... mas do Brasil! A Banda Oriental foi anexada ao território da colônia brasileira, e ainda constituía a Província Cisplatina na nossa independência, em 1824. O General Artigas (o sujeito montado, na foto) foi o primeiro a liderar revoltas pela independência da região, mas foi só em 1827 que o Uruguai conseguiu se separar do Brasil.
A guerra causou catástrofes financeiras tanto ao Império quanto a Buenos Aires, que disputava o território conosco, e esse fato, aliado à derrota e à humilhação do conflito ter sido resolvido por uma potência européia (partiu da Inglaterra a solução do Uruguai como um Estado-tampão), foi um dos fatores que levou D. Pedro I a abdicar o trono brasileiro.

Ok, deixando a aula de história de lado. O centro da cidade de Montevidéu tem umas características bem parecidas com o Rio e Salvador.
Os estilos arquitetônicos se misturam e estão espalhados pelo centro. Prédios modernos de linhas retas bem ao lado de palácios do século XIX, com toda aquela riqueza de detalhes... Você nunca sabe o que vai encontrar, virando a esquina. Exótico, não? Queria saber o que funciona ali...



Uma coisa que me chamou a atenção foi o estado de muitos dos prédios e casas... A arquitetura era exuberante, mas muitos deles estavam mal cuidados, faltando pintura, rachados... Algumas das praças tinham a grama seca, e, fora da área mais central, os prédios eram quase todos cinza, dando uma impressão de austeridade excessiva.
Os táxis uruguaios são simpáticos Prédios monumentais + palmeiras; alguma dúvida de que estamos na América? Fachada... Mais fachada...

Uma ponte que fica perto de uma praça gigantesca Depois do centro, fomos visitar o bairro do Prado.
Ele já foi o bairro de luxo de Montevidéu, mas começou a ser abandonado quando começou a febre da praia. Todo mundo começou a querer morar perto da praia e ficar bronzeado, então algumas das casas mais lindas que eu já vi são vendidas, hoje, por uma mixaria (como é ruim não ter dinheiro - ninguém quer comprar uma casa pra mim em Montevidéu não?). Pena que a maioria passou do outro lado do ônibus, e no lugar que eu estava a posição do sol ia deixar tudo escuro... Sim, essas fotos foram quase todas tiradas do ônibus!

Olha, um castelo! Resultado da queda de prestígio do Prado é que algumas dessas casas maravilhosas são habitadas por pessoas de baixo poder aquisitivo, e, portanto, a manutenção delas deixa a desejar (é, pensando bem, vou deixar pra comprar a minha casa no Prado quando eu tiver como manter :P ).

Não, esta não é a casa do Reverendo Moon Mas nem todas estão deixadas às baratas, claro. O atual presidente do Uruguai mora lá (a casa dele obviamente passou do outro lado do ônibus), e até o Reverendo Moon (lembram dele?) tem uma casa no Prado! Ele tentou estabelecer o culto dele por lá, mas não deu certo - os uruguaios são espertos.




Todo mundo junto: Ooooh! Também visitamos o palácio de governo. E que palácio! O guia explicou que, durante a Segunda Guerra Mundial, o país manteve-se neutro e por isso, pôde fazer comércio com os dois lados. Como os principais produtos de exportação eram carne e trigo - setores que normalmente sofrem com as guerras, em favor da indústria bélica - entrou uma grana preta no Uruguai. Detalhe que só dá pra ver de longe, e só de um certo ângulo :P
Essa grana preta foi usada pra enfeitar a cidade com vários monumentos - entre eles o bolo de noiva uruguaio aí -, feitos por artistas europeus.

Outra coisa que a gente nota em Montevidéu é a pouca quantidade de carros. Velhinho, mas simpático - será que é do Presidente? XDNós visitamos a cidade numa quarta-feira, e, em plena hora do rush, o movimento parecia o da Avenida Rio Branco... no sábado. A gente também via uns carros bem velhinhos, de vez em quando (pra não dizer com uma freqüência assustadora). E várias oficinas mecânicas. E vários carros emendados. O lado bom disso é que, pra uma capital, a cidade é tranqüilíssima. E silenciosa.


Próximo relatório: Buenos Aires. Na eventualidade de eu ter essa mesma quantidade de paciência de hoje.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Descobri que existe uma cidade chamada Anitápolis.
População: 3.027
Óbitos 2002-2003: 6
Agências bancárias: 1
Automóveis: 517
Motocicletas: 322
Ônibus: 7

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Um casal de americanos amigos nossos pediu informações sobre o Brasil, porque o filho deles está na 6a série e escolheu o nosso país como assunto de um trabalho de escola.
Fui olhar em algum dos sites do governo, e pensei que no do minstério do turismo eu fosse descobrir um bom material voltado para estrangeiros (afinal, seriam eles os responsáveis por atrair gente pra cá, certo?) .
Rapidamente encontrei a parte do site que fala sobre a nossa história. Tinha detalhes até demais (coisas que eu nem lembrava, como a data do Alvará de D. Maria, que impedia a colônia brasileira de construir manufaturas), mas eu resolvi anotar o link, nem que fosse pra mandar pro menino mais tarde, se ele precisasse de informações (muito) mais detalhadas. Cliquei lá na bandeirinha dos EUA... e me deparei com a seguinte pérola:

"The Portugueses discovered Brazil during a crisis period and important changes on Europe. Between the XII and XIV centuries, the feudalism was being replaced by a new kind of social organization."

Errr.... acho que não vou mais mandar o link.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Andei postando umas coisas novas lá no DA!

Pelo jeito que as coisas vão, só vai ter foto tirada do ônibus por algum tempo, por lá... Aí vão as mais novas:

Foto 1

Foto 2

As da viagem estão no computador, mas tenho de editá-las antes de exibi-las... (se alguém me desse um processador melhor do que esta carroça, elas saíam rapidinho... >.> )

PS: não tenho escrito muito, entre outras razões, porque arrumaram o meu quarto. Procuro ficar fora daqui pra evitar ficar reparando em tudo que está fora do lugar. Aprendam isso, crianças: não se arruma o quarto de alguém com transtorno obsessivo-compulsivo (por mais leve que ele seja) :P

domingo, janeiro 15, 2006

Conclusões

Li uma reportagem hoje sobre opções sexuais dos personagens infanto-juvenis. Um sujeito chegou à brilhante conclusão de que Harry Potter só pode ser gay. O Einstein (desculpe, Einstein) - o gênio falou que o Harry era diferente de todo mundo, e era muito maltratado; ele é obviamente gay.

Portanto, desculpem, meninos, mas eu sempre fui diferente, e já fui bastante maltratada; pra piorar a situação, eu me escondia no armário (o fato do quarto dele ser um armário é outra razão incontestável utilizada para provar que o Harry é gay) quando a gente brincava de esconde-esconde... eu só posso ser gay.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Caminheira

Opções do Candidato:

CargoCargo/Especialidade
ARD - Analista em Reforma e Desenv. Agrário

Vaga de Deficiente
Não

Notas e Situação do Candidato
Língua Portuguesa 9
Direito Constitucional 2
Legislação Agrária e Desenv. Rural 5
Informática 6
Conhecimentos Específicos 34,5
Total 56,5

Situação
Aprovado

Data: 10/1/2006 12:34:47

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Joguinho legal

The Kingdom of Loathing

RPG, portanto tem mais graça pra quem sabe inglês. Atenção para os gráficos alucinantes de última geração.

Pra quem for jogar: procure por mim e me adicione à sua lista de amiguinhos! (login = Amedyr)

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Não me admira que tantos diplomatas sejam escritores:
Comparado com as redações do concurso, qualquer coisa é uma delícia de escrever.