sexta-feira, agosto 29, 2008

Se você não sabe usar a gramática da sua própria língua, usar palavras do SÉCULO 18 não vai te ajudar a parecer culto.

Vai fazer você parecer um IDIOTA COMPLETO.

quinta-feira, maio 29, 2008

Querido diário

A prefeitura da minha cidade tem mais é de tomar no cu.


PS: asfaltar uma rua residencial às 3 da manhã em um dia da semana de cu é rola

segunda-feira, maio 05, 2008

domingo, abril 06, 2008

Hummm café de ontem
Hummm café de ontem

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Uó!

Caminheira é destaque no Links & Sites!

Obrigada pelo prestígio, gente!


bem que eu podia fazer um post decente pra comemorar, né...

sábado, janeiro 05, 2008

Lembranças de viagem - chef Allan

Muito antes do Jamie Oliver aprender seus truques, tinha um programa de culinária na Rede Mulher chamado Mestre Cuca. Eu, que na época queria mais era ver as comidarias e nem tanto aprender a fazê-las, sempre assistia. Também me divertia com o chef Allan, um sujeito cheinho, ruivo, sardento, de óculos fundo-de-garrafa e que ficava inventando uns bordões engraçadinhos ("tem coisa que é legal, tem coisa que é super legal!"). Cheguei a mandar mensagem pro programa e tudo! Lá pro final, geralmente enquanto o chef esperava dar o tempo no forno, ele lia algumas cartas e e-mails... e ele leu o meu! Fiquei embasbacada, nunca achei que algum apresentador fosse ler a minha mensagem no ar, pensava que era uma chance em um trilhão, e que mesmo que lessem, ia ser meses depois de eu ter enviado, e que justamente naquele dia eu não ia conseguir ver o programa, etc... Fiquei contando vantagem do beijo enviado no ar, exclusivamente para mim.

Depois a Rede Mulher teve problemas, os meus horários começaram a enlouquecer... e eu nunca mais vi o chef Allan. Até que, no dia 19 de dezembro de 2007, quando estava eu esperando a vez pra embarcar no MSC Armonia, aparece um sujeito cheinho, ruivo, sardento, de óculos fundo-de-garrafa, discutindo com o pessoal da segurança do porto que não queria deixá-lo passar. Nem olhei duas vezes pro cidadão, afinal tinha muita pra cuidar, na hora (documentos, cadeira de rodas, senha pra entrar na fila, vê se a bagagem de mão tá toda aqui), mas a cara dele ficou lá arquivada, como um possível conhecido.

Algum tempo depois (pode ter sido naquele mesmo dia ou não, há uma distorção temporal durante o período das férias), minha mãe comenta que o chef Allan devia estar a bordo, que ela tinha visto o segurança encrencando com ele e que ele tinha dito que era da equipe. Fiquei doida. O chef Allan estava no navio?? Onde? Onde? Fiquei à espreita. Surgiu um sujeito com roupa de chef, cheinho, de óculos fundo-de-garrafa... e de cabelo castanho. Não era o chef Allan. Falei pra minha mãe que ela estava enganada, afinal não haveria de estarem presentes no mesmo navio dois chefs praticamente gêmeos. A Carla (minha amiga, que passou boa parte da viagem enjoada, mas não o suficiente para ser socorrida por um dos oficiais italianos) falou que era ele, sim, que ela tinha reconhecido lá no porto... e eu cá com meus botões "bah, eu é que sou a fã, não darei ouvidos a essas leigas!"

Mais algum tempo indeterminado depois, passa por nós (eu e a Carla) um sujeito cheinho, ruivo, sardento, de óculos fundo-de-garrafa, carregando uma câmera de retratos daquelas profissionais. Olhei bem pra cara dele, mas o meu cérebro já estava dando curto. Esse cara não estava assim tão parecido com o chef Allan antes! Mas o que um chef estaria fazendo com uma câmera digna de fotógrafo profissional? Será que era o chef Allan, afinal?! Falo com a Carla. Carla confirma que é ele, sim. Corremos atrás dele, mas já é tarde, o danado sumiu... Faço uma promessa de não deixá-lo escapar novamente.

Mais um tempo mais tarde, estou lá eu sentada, praticando uma das melhores atividades a bordo (comendo uma bela duma pizza). Passa por mim um sujeito cheinho, de óculos fundo-de-garrafa.... - CHEF ALLAN!! SOU SUA FÃ!!
O pobre do sujeito fica meio sem graça, fala num português muito ruim que não era ele, que ele era italiano e que o chef Allan tinha uma barba 'rossa'. Eu respondo em italiano, pra diminuir um pouco a imagem de paspalha, pergunto como é que pode os dois serem tão parecidos... hehehe... cadê o buraco pra eu me enfiar?

Já no jantar do quarto dia, véspera de quase todo mundo desembarcar (possivelmente o verdadeiro chef Allan incluído), sem sinal do meu chef preferido (alguém podia ter avisado que havia uma fã ensandecida atrás dele). Resolvi botar a cara de pau pra funcionar e pedi pro garçom chamá-lo. Demorou um pouco, eu já achando que ele não ia aparecer, afinal, estava na hora do jantar, ele devia estar insanamente ocupado... mas eis que ele emerge da cozinha!
Eu gostaria de acreditar que não foi um espetáculo lastimável, mas acho que estaria mentindo. Tietagem completa. Pulinhos, "chef Allan" seguido de muitos pontos de exclamação... Ele riu e me abraçou. Chef Allan é fofo em todos os sentidos! Perguntou o que eu fazia, qual era o meu nome, falou que o programa dele agora estava na CNT... eu tentei elogiar o salpicão da noite anterior, mas cadê a maldita da palavra? Engasguei mas saiu. Ele agradeceu o carinho... e pediu licença, porque realmente estava ocupado.

Só um tempo depois que eu me toquei: estava com a câmera na mão... e não tirei uma foto com ele! Droga!! Mas tudo bem, valeu a experiência. Já ouvi tanta gente que se desapontou, em situações semelhantes... Aquela pessoa que passa uma imagem querida, mas que na vida real se revela um chato de marca maior, antipático, desprezível.

Mas está confirmado: Chef Allan é super legal!


Comentários pseudo-gastronômicos:
** O salpicão de peru estava excelente! Adorei o contraste entre o doce das passas, o salgado do resto e o azedinho do molho espalhado em volta... Ele também substituiu a batata-palha por aipo! Continuou crocante e não tinha risco de amolecer e ficar intragável (que é o que acontece com a batata, depois de uns poucos minutos).

** A farofa do chef Allan é deliciosa! Crocante como toda farofa deveria ser, sem aquele excesso de ingredientes que acabam atrapalhando o sabor do prato principal.

** Ninguém faz aipim frito igual a ele. Pode rir, mas, nessa viagem, eu comi o aipim frito PERFEITO. Camadinha crocante por fora e maravilhosamente macio por dentro. Nossa, água na boca.