sábado, dezembro 31, 2005

Borboletas à Frente

Saiu o edital! Gaaahhh! *corre sem direção pela casa, batendo em tudo, até bater de cara numa parede, e cai sentada*

Ok, ok, este ano eu me prometi que faria o possível para não ficar nervosa.
...mas como diabos eu faço isso?!

Acho que eu vou estudar até pirar. Pelo menos pirada eu devo perder o nervosismo.

*lê o edital*

A PROVA É EM FEVEREIRO!!! GAAAAHH!! *levanta pra correr de novo, vê a mesa posta pra mais tarde*
...
*senta e come uma rabanada*

*mãe prepara a garganta pra reclamar da rabanada roubada antes da hora*

El archivo siempre quedará incompleto

Mais um belíssimo blog fotográfico:

El archivo siempre quedará incompleto

A bordo do Melody - dia 3

Noite de gala. Eu, feliz com meu vestido novo, horrorizada com a noção de trajes de gala de algumas pessoas; especialmente um garoto de calça jeans - aaah, mas era escura -, tênis - aaah, mas era de camurça - e camisa de brim - aaah, mas também era escura... e daí que não combina com a calça? - ele dividiu o pódio com a mulher que também usava calça jeans - aaah, mas tinha uns brilhinhos!

O comandante ofereceu um coquetel de boas-vindas, onde eu encontrei com a moça que trabalhava no pub do Armonia (onde eu passei boas horas da viagem do ano passado, muito mais por causa do barman romeno do que por causa da bebida em si, mas deixa quieto). O Javier (o homem mais chato do universo) apresentou cada membro do corpo de oficiais, um por um... em português e em italiano. Foi aí que ele ganhou o título, diga-se de passagem.

Também foi nessa noite que a Pivetada começou a botar suas manguinhas de fora. Tentei ver O Vôo da Fênix, mas ficou difícil...

Mas o dia fechou com chave de ouro: 100 verdinhas! Ya-ha! :D
(detalhe que tinha gente ganhando quase mil dólares, mas mesmo assim eu fiquei toda boba, dando as fichas pra moça do caixa e recebendo a notinha com do Ben, estalando de nova... - tá bom, podem me chamar de porca capitalista, eu mereço)

sexta-feira, dezembro 30, 2005

A bordo do Melody - Dia 2

Novamente o barulho ensurdecedor das cornetas e do axé na saída de Santos. Mais acessos de riso sarcástico.

Tentei escrever mais um pouco da minha história (aquela que eu comecei com o NaNo), mas foi só sentar no sofá que um sono mortal caiu sobre mim. Pensei em ir para a cabine e dormir, já que o sono era tanto, mas assim que eu fechei o caderno, ele se dissipou instantaneamente.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Foto!

Botando o brinquedinho novo pra funcionar:

Click!

A bordo do Melody - dia 1 - parte 2

Fim do dia: Fomos dormir. Eram quase onze horas da noite, quando começamos a ouvir um barulho alto. Era como se houvesse um batalhão marchando no andar de cima. O problema (além do barulho em si) era que ele se irradiava para a parede do fundo da cabine, então não sabíamos ao certo se era alguém na cabine ao lado, na de trás, se era alguma máquina desregulada em algum lugar do navio...

Telefonamos para a recepção. Ninguém tinha idéia do que podia ser, e descartaram solenemente a possibilidade de ser alguma máquina. O barulho continuou. Ligamos novamente. Disseram que mandariam alguém para verificar. O tempo passou. O barulho continuou.Ligamos novamente. Disseram que já haviam mandado alguém e que, do corredor, o alguém não conseguiu ouvir nada.

Fomos dormir um tanto raivosos por basicamente termos sido chamados de mentirosos. Pelo menos o barulho parou, lá pra 1 hora da manhã. Depois do café, fomos à recepção. Insistimos novamente na possibilidade de ser uma máquina, já que o ruído era ritmado demais pra estar sendo feito por uma pessoa. A moça disse que não era possível, e mostrou a planta do navio; não havia nenhum espaço entre as cabines.

Foi então que nós vimos a planta do andar diretamente acima do nosso. No espaço diretamente acima de nossas cabeças estava uma boite. A moça falou que as festas ali costumavam durar até 1 da manhã, normalmente. Estava desvendado o mistério, embora ainda permanecesse a estranheza daquele barulho ritmado. Pessoas não dançam sempre no mesmo ritmo, daquela maneira.

Aí eu li o programa da noite anterior:


Valeu, Igor!

Adorei o presente! Espero que não se importe se eu dividi-lo com meus coleguinhas:

www.wondermark.com

David Kleinert Photography

Fotos lindas!

David Kleinert Photography

A bordo do Melody - Dia 1

Antes de embarcar, já pudemos ver os passageiros embarcados em outros lugares, saindo para a excursão no Rio de Janeiro. Eles nos olharam como animais que tinham seu território ameaçado.
Vovô soltou sua primeira pérola: "Paulista é quase um argentino."

Lá dentro, com a dieta oficialmente chutada, fomos direto para o buffet (já era uma hora da tarde, e a minha última refeição tinha sido o café da manhã, às 8). Vocês podem não acreditar, mas que a pizza cantou pra mim, cantou.

Agora eu tenho de fazer uma pausa e um flash-back para alguns meses antes da viagem. Saiu uma reportagem no Globo sobre os diversos cruzeiros que viriam ao Brasil. Em cada um, fizeram uma ficha contendo os seguintes campos: "Opte por este se..." e "Evite se..." ou mais ou menos isso. No Island Star, por exemplo, dizia algo do tipo "...você gosta de muito agito e azaração" e "...você gosta de ambientes tranqüilos", respectivamente.
Sobre o Melody, dizia "Opte por este se ...você gosta de sofisticação e de ambientes refinados" e "Evite se ...você vai viajar com muitas crianças"

Voltando à narrativa:

De tarde, fomos a um dos bares, esperar a partida do porto. Passa por nós uma criatura vestida de Carmem Miranda do século XXI (frutas na cabeça, barriga de fora, saia só na parte de trás, meia arrastão, tudo em um lindo amarelo-gema-de-ovo). Passa outra criatura. E mais outra. No total, umas 5. Não pude resistir - as fotos foram para a revelação hoje. Vamos ver se a fila de conga vai sair direito.

Aí o Javier (o homem mais chato do universo) anuncia a saída do Rio. Começa um som ensurdecedor. Haviam distribuído, para todas as crianças, adultos e argentinos, línguas de sogra e cornetas. As crianças fizeram a festa. Os argentinos também.
O som ensurdecedor das cornetas e do axé me fez recuar de volta para o bar, cujas portas cortavam boa parte daquela barulheira hedionda. Mas eram inúteis contra as crianças, mais especificamente duas menininhas japonesas, que corriam lá por dentro e não tinham nada melhor para fazer além de tocar seus instrumentos ininterruptamente.

Pelo menos o caos todo evitou que as pessoas ficassem com muito medo de mim enquanto eu ria com a memória do artigo do jornal.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Caminheira sobre as águas

Fiz uma listinha de prós e contras da minha viagem a bordo do MSC Melody. Vamos tirar logo os contras do caminho, pra ficar com as coisas boas por último:

Contras

  • Eu nunca tive nada contra argentinos, mas esta viagem me fez mudar de opinião.
    a) Primeiro dia no navio: entrei numa loja que vendia máquinas fotográficas digitais, pra saber quanto estavam custando. A loja estava cheia, e uma velhinha me empurrou pra passar. Continuou andando na sua, falando seu castelhano com suas amigas igualmente velhinhas, como se não tivesse feito nada pior que espantar uma mosca.
    b) Infinitas vezes ao longo do cruzeiro, tive de praticamente empurrar pessoas que ignoravam sumariamente a bengala e a dificuldade de caminhar do meu avô, ao entrar e sair dos elevadores.
  • O grupo de crianças de 5 a 12 anos, carinhosamente apelidados de Pivetada, que corriam pelo navio sem o menor conhecimento dos pais e aprontavam o que bem quisessem, sem receber mais do que olhares desaprovadores e a antipatia dos demais participantes do cruzeiro. A pivetada fazia coisas fofas, como:
    a) correr pelos corredores, virando as maçanetas de todas as cabines;
    b) correr, pular e fazer gestos obscenos na frente da tela do cinema, além de dar gritinhos e outros sons desagradáveis durante a sessão;
    c) ocupar os elevadores, enquanto aqueles que realmente precisavam deles ficavam esperando e esperando e esperando...
    d) no jantar de Natal, arranjaram aqueles guardachuvinhas de coquetéis e ficaram tacando fogo neles, usando a vela do arranjo da mesa. Os pais os haviam posto todos na mesma mesa, e estavam ocupados demais (pobrezinhos) para olhar o que os seus pimpolhos faziam. Foi necessário que o Maître tirasse a vela da mesa para que a sanha piromaníaca finalmente cessasse.
  • Cantada de pianista quarentão napolitano, me convidando para ir pra Nápolis com ele. Na frente do meu avô. Sem comentários.
  • Cantada de barman folgado balinês, dizendo pra minha mãe que ela ia ficar sem filha, porque ele ia me levar pra Bali. E depois quis oferecer um drink pra ela. Sem comentários.
  • O sujeito que fazia quase todos os anúncios no navio era o cara mais chato do universo. O microfone dele era sempre o mais alto, o timbre de voz dele era irritante, ele era espanhol mas cismou que o r em português se fala igual ao do francês (resultando em um francoportunhol), e ele - falava - tudo - três - vezes (uma em francoportunhol, uma em espanhol e uma em italiano - a não ser quando ele acrescentava uma versão em inglês, aí eram quatro repetições).
  • O navio era italiano, mas NÃO TINHA NUTELLA!!!!! >_<
  • Nossa cabine ficava exatamente em baixo de uma pista de dança. Preciso dizer mais?

Prós

  • Nem todos os argentinos eram poços de grosseria; pelo menos os que jogavam totó eram simpáticos.
  • Tive a grata oportunidade de dar um empurrão em um membro da pivetada. Ele ia saindo de um elevador olhando para trás, e estava em rota de colisão com meu avô. Mas depois me arrependi: foi fraco demais.
  • O português bizarro dos cardápios gerou palavras um tanto pitorescas:
    manteiga de garfafa
    esparguete à bolonhesa
    suco de piña
    (= abacaxi)
  • Contato com pessoas de países diversos: Madagascar, Bali (não só o barman folgado), Bulgária, Romênia, Itália (não só o pianista safado), Peru, etc.
  • Reencontro com pessoas que trabalhavam no cruzeiro do ano passado, em outro navio... e que se lembravam de mim!!
  • Ganhei US$100.00 (Cem dólares) no cassino. (har har!)
  • Ganhei pela primeira vez em um desses jogos de quermesse. E o prêmio foi exatamente o porta-CD que eu estava de olho desde o primeiro dia de viagem! (bom, não era exatamente esse o prêmio; era uma carteira que estava do lado, mas eu pedi pro cara da animação pra trocar, e ele disse 'tá bom, mas só porque é pra você'. Tee hee!)
  • Perdi o campeonato de totó, mas ganhei amigas: três menininhas muito fofas. Elas ficavam brigando entre si pra ver quem ia jogar comigo, e uma vez foi necessário fazê-las tirar par ou ímpar, porque a briga estava ficando séria. E as três faziam questão de me dar oi quando passavam por mim nos corredores (tem coisa mais fofa?).
  • Visitei Montevidéu pela primeira vez (conhecer lugares novos é uma das minhas paixões, como boa caminheira que sou)
  • O balanço gostoso do mar agitado (balançou muuuuito perto de Santa Catarina)
  • Ganhei um brinquedinho novo! (mais sobre ele em posts subseqüentes)

Conclusão

  • Napolitano é mesmo tudo safado
  • Na próxima vez, vou exigir a planta do navio, antes de reservar a minha cabine
  • Totó une as nações (melhor que as Nações Unidas)

terça-feira, dezembro 27, 2005

Estou de volta. Relatório de viagem amanhã. (ou quando eu finalmente recuperar todas as horas de sono perdidas)

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Abaixo-assinado

Vamo assinar aí, pessoal!

Queremos Queen no Brasil!!!

Edição: Dãr, sem o link fica difícil.

Narnia - o filme

Mr. Tumnus = fofo demais

menininha = player experiente ou NPC

Grifos = uidghsidruhlughlcfjbh;clvbk[dek (tradução: PQP, orgasmos oculares!)

Arco e flecha = só pra não dizer que não teve

Papai Noel = lol

Feiticeira = eu
(se leão = Jesus, então eu = diabo? hum...)

Conclusão = Excelente! Quando vai vir o próximo?
(mas ainda prefiro Harry Potter)

terça-feira, dezembro 13, 2005

Quando o seu coração se tornar um trono de segredos, você chegará ao seu destino. Esconda seus pensamentos mais recônditos, disse o Profeta, e conseguirás o objeto de teu desejo. Sementes são enterradas na terra, mas seus segredos mais íntimos florescem em um jardim maravilhoso.
-Rumi, "Mathnawi"

sábado, dezembro 10, 2005

Cuidado: trecho em obras

É especialmente ruim quando você tem essas duas percepções, simultaneamente:

* O que você tem de fazer; e
* Não dá mais tempo de fazer nada.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Ok, nada contra a democracia, mas essa forma de governo vai ficando cada vez mais impossível, devido aos números, e perigosa, devido à qualidade da população, especialmente se a gente considerar que, com a globalização, os países vão ficando cada vez mais interdependentes.

Se, em um mundo globalizado, as ações dos governos de cada país cada vez mais afetam outros, como defender a democracia para uma população entre a qual se acredita na invasão e na guerra contra qualquer Estado que não esteja 100% alinhado ao seu, e que, se isso já não bastasse, não tem a menor noção de geografia?

Acabei de ver uma reportagem em que entrevistaram vários cidadãos estadunidenses comuns. A pergunta era: "Qual é o próximo país que os EUA devem invadir?" As respostas variaram desde Irã e Arábia Saudita até Canadá, França e Brasil (!).

A seguir, mostraram um mapa-mundi e pediram pra pessoa marcar um determinado país. Um sujeito tinha de dizer onde ficava a Coréia... e ele marcou a Austrália! Aí o entrevistador perguntou por que direção seria melhor começar o ataque, norte, sul, leste ou oeste. O sujeito pensou... e falou leste. A mulher dele logo o corrigiu: não, oeste! ... e pra terminar, o sujeito ainda comentou "Pois é, não sabia que a Coréia era tão grande assim!"

Eu sei que isso é só uma parcela da população, mas eu tenho muito medo que essa tendência comece a se expandir...

sábado, dezembro 03, 2005

*contando até 10*

filipe > Menino, cv sumiu!! Eu tentei deixar um comentário no seu blog, mas adivinha; a ferramenta de comentário não deixou.

Ótima notícia!! Onde vai ser a pós?

....ótimo, agora, além de me odiar por não ter tempo ou dinheiro para ter o NeverWinter Nights, também posso começar a me odiar por não poder entrar nessa competição. -_-

bernardo > continuo a não entender esse 'lghsdfnkj'

sonho

Eu voava sobre campos e florestas por onde eu já havia caminhado, em outra ocasião.
Pousei perto da casa do Dumbledore, e admirei a mansão decrépita que flutuava não muito longe dali, amarrada à ponta de um despenhadeiro sobre os campos verdes, a uma altura inimaginável. Ele falou que ia me mostrar o Inimigo, e uma força me puxou, de costas, para dentro da mansão flutuante.
A paisagem à frente diminuía com uma velocidade imensa, e eu tive medo de bater em alguma coisa, mas a força me puxava por aberturas grandes o suficiente para que eu passasse sem tocar em nada. Lá dentro, havia uma discussão acalorada, mas eu não fiquei assistindo por muito tempo. A força me puxou novamente, e a mansão foi ficando pequena, enquanto montanhas, campos e lagos iam passando por mim.
Fui parar em um outro campo, também bem verde, e o sol tinha acabado de se pôr. Senti que algo se aproximava, e uma grande forma saltou sobre mim. Olhei para cima e encarei um animal gigantesco, com corpo de lobo e doze grande olhos. Ele olhou para baixo, me viu e mostrou os dentes, mas a força me puxou antes que ele me atacasse.
Fui parar em casa. A grade de ferro sobre a porta dos fundos tinha sido totalmente amassada, para dar passagem a algo, e o metal da porta tinha sido totalmente corroído. Nada lá dentro parecia ter mudado ou sido mexido, então nos concentramos em consertar os estragos.
Juntei algumas pilhas de sabonete para transmutá-las em metal, mas a garota que segurava as pilhas não parava de dar risadinhas e derrubará-las. Perdi a paciência e tentei usar outra coisa, mas o resultado foi uma grade baixa demais. A porta, consegui consertar.